quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013





SALA DE ESPELHOS 

Rosto a rosto e uma suposição de medo 
Pairam no ar feições de espanto 
Pobres são entre tantos... 
Ao velar promessas e morrer no engano. 

O pé que firma a terra tropeça tanto 
Já não se ver esperança em todo canto 
Unhas roídas não aliviam mais 
Se perder o rumo se perde a paz. 

Encaro-me em qualquer cristal 
Nunca me vi tão pouco nesses olhos meus. 
O espelho sarcástico convence-me que sou eu. 

Viro, reviro-me. Distorço-me por inteiro 
Para onde eu olho vejo um grande vazio. 
Sou só um tolo que não se engana mais... 


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