SOU VOCÊ ATÉ O
IMPOSSÍVEL
O que eu faço para
afastar-te de mim em meus reflexos
Não sonhar seus lábios
tão intrometidamente sem reflexo.
São ilusões sem
planos tão assim, desfeitos e sem progressão.
Fúria que atrai o
mundo que desola o que é perplexo.
Não posso mudar-me
do que sou eu em esse filme curto
Afastar-me da
desilusão de ser o seu reflexo em plano reto.
Se hoje te guardo
nos segredos bem mais secretos
É por que me
julguei além dos seus retrocessos.
Mas serei sem ti a
fúria curta e sem volta curta e humana,
No mundo da deselegância
fria que se equilibra dentre tantas.
Haverá em meu
quarto um quadro seu em sintonia
Ao desarrumado das
estantes desses meus dias.
Não me cabe
julgar-me, assim, perdedor.
Sei que a fúria
dos anjos vele-me mais do que às ondas da dor.
Então, desta fúria
sem regressos e sem glamour,
Posso gravar-te em
mim sem mais desânimo e sem pudor!