sábado, 31 de dezembro de 2022

A DEFINIÇÃO DO INDEFINIDO

 


A DEFINIÇÃO DO INDEFINIDO 

Não brigo contra rio,

Não brigo contra o mar.

Nessa batalha perdida,

De caminhos tão marcados

E talhados,


Existem caminhos

Premarcados, definidos.

Que meu coração,

Descrente e tão crente,

O modo a ser feito

É incapaz de imaginar.


E quem sou eu,

Tão provocador de chamas,

Agora em meio a brasas

Imortais,

Questionar o calor que a assombra,

Que brota entre o indefinido

Tão definido a está.


Serei eu,

O pastor dos teus desejos,

Tão meus dentro do peito,

Mostrar-te a rota,

Tão duvidosa,

Que de algum jeito,

A poesia dos nossos

Beijos

Ainda irão se encontrar.



segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A MORTE DOS OLHOS

A MORTE DOS OLHOS

São olhos tristes
Que já não brilham
Já não conquistam.
Não se iluminam.

Olhos tão longes
Perdidos, inconstantes.
Que doem a alma
Por todo instante.

Porque dessa angústia
Dos olhos tristonho,
Não inspiram vida,
E agora não dançam.

Os olhos sem vida,
Envergonhado, tristonho,
Lamentam suas falhas,
E a ausência do encanto.

Desculpe-me esses
Meus olhos,
Tão sem ternura.
Sem força prometo,
Focar-me na cura.

Meus olhos sem brilho,
Ao longe procuram,
O fim da angústia,
Do medo e dá fúria.

Os olhos tão triste
Que choram no escuro,
Procurando seu brilho,
Perdidos em drama.

Procuro meus olhos,
Seu brilho, sua alma
Me reerguer dessa angústia,
Recuperar-me a vida.

Meus olhos tão triste
Sem brilho sem foco,
Procuram por vida,
Reerguer nos destroços.

Meus olhos tão triste
Sem brilho, distante,
Só choram sozinhos
No escuro sem norte.

Meus olhos tão tristes
Indefesos lá fora.
Amar-se mais é preciso.
Amar-se hoje e agora.








sábado, 18 de junho de 2022

REPROGRAMAR

REPROGRAMAR

Preciso  me reprogramar
Te amar direito.
Ceder por direito pra ti,
Alma, espírito e meu peito.

Fazer valer meu pedido
Em joelhos. 
Por perdão ao meu desatento,
Desajeitado jeito de amar.

É que a vida me calejou demais,
Me forçou a usar armas
Que feriram mais do que protegeram.
Afastou mais do que acolheu. 

Preciso me reprogramar,
Ser mais do que meu caderno escondido,
Onde moram os versos reprimidos,
Em que sempre te amei sem te mostrar.

O QUE EU FAÇO? III

O QUE EU FAÇO?
           III
O que eu faço,
Quando teu cheiro
Me rouba a alma.
Na rotineira carona
Que pega no meu respirar.

Quando tua sombra
Sem ser convidada,
Invade meu quarto
Em meio a madrugada.
Faz de abrigo a cama não habitada. 

Me diz o que eu faço 
Com meus versos,
Tantas vezes por você 
Sem piedade ignorados?

E eu, na minha timidez torta.
Não sei me expressar de outra forma.
Verso na saudade,
Em um desespero que jamais se viu.
Me sinto idiota, me sinto infantil. 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

O QUE EU FAÇO? II


            II
Quando sua fúria 
Surgir sem aviso,
Me pegar de improviso
Como irei suportar?

Se no meu desespero
De deitar-me em teu seio,
Me cobrir dos teus beijos
Lhe implorei pra ficar.
 
O que eu faço?
Quando as trilhas que restam
Tem tatuada pegadas 
Que me machucam ao lembrar. 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

A TEIMOSIA DO AMANHECER

A TEIMOSIA DO AMANHECER 

Como ousa não chegar,
Demorar-te a amanhecer.
Prolongando sem pensar
Todo meu sofrer.

Não acovarde-se
Frente ao luar.
Limite minha
Angústia, perante
A lua fria que testemunha
A covardia dos meus olhos,
Que tremem brilhantemente
Ao piscar.

O QUE EU FAÇO

 


O que eu faço

Pra te apagar

Em meu passos,

Pra não te ver

Em meus olhos

Pra não  sentir em

Meu peito?


O que eu faço

Pra deixar te partir

Sem me partir

Por inteiro,

Não mais sonhar

Com teus beijos,

Nem mais dormir

Em teu cheiro.


O que eu faço

Pra desmanchar

Da minha alma,

O seu sorriso

Sem fala.

Te desamar

Por um acaso.

Calar-me o

Peito e alma.