sábado, 18 de junho de 2022

REPROGRAMAR

REPROGRAMAR

Preciso  me reprogramar
Te amar direito.
Ceder por direito pra ti,
Alma, espírito e meu peito.

Fazer valer meu pedido
Em joelhos. 
Por perdão ao meu desatento,
Desajeitado jeito de amar.

É que a vida me calejou demais,
Me forçou a usar armas
Que feriram mais do que protegeram.
Afastou mais do que acolheu. 

Preciso me reprogramar,
Ser mais do que meu caderno escondido,
Onde moram os versos reprimidos,
Em que sempre te amei sem te mostrar.

O QUE EU FAÇO? III

O QUE EU FAÇO?
           III
O que eu faço,
Quando teu cheiro
Me rouba a alma.
Na rotineira carona
Que pega no meu respirar.

Quando tua sombra
Sem ser convidada,
Invade meu quarto
Em meio a madrugada.
Faz de abrigo a cama não habitada. 

Me diz o que eu faço 
Com meus versos,
Tantas vezes por você 
Sem piedade ignorados?

E eu, na minha timidez torta.
Não sei me expressar de outra forma.
Verso na saudade,
Em um desespero que jamais se viu.
Me sinto idiota, me sinto infantil. 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

O QUE EU FAÇO? II


            II
Quando sua fúria 
Surgir sem aviso,
Me pegar de improviso
Como irei suportar?

Se no meu desespero
De deitar-me em teu seio,
Me cobrir dos teus beijos
Lhe implorei pra ficar.
 
O que eu faço?
Quando as trilhas que restam
Tem tatuada pegadas 
Que me machucam ao lembrar.