VILIPÊNDIO
Sob a luz fraca
Que não ilumina
nada
No conforto
desarrumado
Das roupas jogadas
na cama
Ela fez versos tão
de repente
Movida a um ódio
sem igual
Não despistou suas
lembranças
Nem tão pouco se
sentiu melhor
Marcou seu braço
com agulhas
Implorou silêncio
à sua alma
Tentou chorar sem ruídos
Tentou ligar não
tinha amigos.
Sob a luz fraca
Digerindo o que
havia ouvido
Mesmo em seu ninho
Não sentiu que
tinha abrigo.
Analisou desenhos
na parede
E riu do que era
então artístico
Sentiu nojo do seu
mundo
Do seu canto sem
ouvido.
Ela sabia que
estava só
Algemada à solidão
Com seus gritos
agoniantes
Que não chamavam
atenção.
E o mais incrível é como se encaixa com o que foi me foi vivido a uns 8 anos atrás. Surpreende!
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