CAMINHADAS
Entre a multidão
fantasma
Gritos, jazz e
mais nada.
Solidões cotidianas
de estrada
Vento que sopra o
vazio das falas.
O seu vizinho é
mais só.
A sua razão é só moinho
Já não faz mais
sentido
Todos tão só, todos
tão sozinhos.
Abraços amanteigados
Desvia-se, se desfazem.
Vou como sempre
fui
Volto como nunca
quis.
Meu corpo é uma extensão
do asfalto
Onde sapateia o
mundo
Habitualmente com
seu salto alto.
São passos largos
sempre tão fundos.
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