sexta-feira, 12 de abril de 2013






CAMINHADAS

Entre a multidão fantasma
Gritos, jazz e mais nada.
Solidões cotidianas de estrada
Vento que sopra o vazio das falas.

O seu vizinho é mais só.
A sua razão é só moinho
Já não faz mais sentido
Todos tão só, todos tão sozinhos.

Abraços amanteigados
Desvia-se, se desfazem.
Vou como sempre fui
Volto como nunca quis.

Meu corpo é uma extensão do asfalto
Onde sapateia o mundo
Habitualmente com seu salto alto.
São passos largos sempre tão fundos.

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