sábado, 29 de setembro de 2012







BARCO À ESMO

Esses remos não me obedecem mais
Sigo a esmo, conformado.
E em paz!
Sou uma bussola sem ponteiros.

Desafio comprovações científicas
Olhando para o céu...
Rabiscando versos sem sentido
No único pedaço de papel.

E se ninguém me ouve,
Irei proclamar meus versos
Na proa do barco, em meio ao mar deserto.
Ninguém julgará minhas lágrimas.

Faço do balanço das águas
O embalo de sono
-como o de criança.
Permito-me a entrada da inocência.

Não sei onde as ondas me levarão
Se não sei o destino,
Não tenho pressa para chegar
Faço da embarcação meu lar.

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