domingo, 30 de setembro de 2012






CORAÇÃO SACANA

Este meu coração sacana,
Ao mesmo tempo tão inocente.
Que se embriaga com vinhos baratos
E declama versos tão decadentes
- Nunca soube o que é sentir-se cheio...

Vagou vazio, em noites frias,
Numa leitura de Dostoiévski.
Jogar poesia em tristes faces.
Triste ilusão de quem escreve.

Este meu coração sacana,
Que me engana e me aborrece.
Diz que a lua é promiscua,
A todo mundo se oferece.
- Não sabe que a noite não perdura.

É sempre solitário
Quem ama muita gente.
A felicidade fecha a porta,
E a tristeza nunca ausente.

Este meu coração sacana,
Que fingi não entender,
Que viver é sempre o simples,
Ser simples é viver!

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