quarta-feira, 12 de dezembro de 2012







            O GRITO 

Vai o grito além do previsto 
Vai beijar o mar e o infinito. 
Atravessar o céu. Atravessar o universo. 
Vai acordar estrelas; vais eliminar o tédio. 

Sentir-se livre de algemas 
Vai diluir sorrisos. Poetizar dilemas. 
É o grito da consciência pálida 
Que se pinta na tela do tormento. 

Nas veias deselegantes do braço 
Pulsa o sangue de gosto amargo 
O desbotado vermelho anêmico 
Bomba o coração cansado. 

Grito! Declamo assim meus versos 
Não encontro ritmo no sussurro
Nem calma em jardins dispersos.
Sou grito perdido e sem regresso! 




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