segunda-feira, 22 de julho de 2013



PENSAMENTOS EM ONDAS

De fato, o mar, entre tanto
Por entre nós tem enganos.
Fez destes traços sem planos,
Navegar sem rumo, sem pranto.

Desfazer-se de nossas velas,
Ser poeta sem mazelas
Me desfazer do mundo sem janelas.
Abrir prisões, ver futuros.
Moradias só sobre muros.

Sorrio assim sem teto.
Brindo o mundo sem tédio.
Dentre mares eu ergo prédios
- Nem sou como fui.
Sou sim, como eu quero!

Renascem vidas sem esperas,
Padecem assim promessas.
- Assim eu morro como um dia vivi.
Vivo como um dia ei de morrer!

Que haja festa menos fúnebres,
Como aquelas que um dia existiram.
Nos anos ingratos que se perderam.
Dos presentes sem presente gratidão.

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