A BORBOLETA, O
FURACÃO E A JANELA
Juntou seu sol,
sonhos e lembranças.
Ergueu seu vel. Entre
neblina de esperança.
Desafiando o ar, o
tempo é só um acaso.
Bateu suas asas
como seus últimos passos.
Mandou avisar ao girassol:
- O mundo é um
carrossel de rodas soltas.
A garoa só pesam
mais suas asas.
A garoa só pesam
mais suas falas.
Passou no cravo,
beijou a rosa.
Um abraço nas orquídeas
com amor.
Mandou um adeus as
margaridas
Deixou um abraço
ao beija-flor.
Disse que não
podia esperar.
Partiria a noite
no próximo furacão.
Levaria contigo
uma saudade infinita
A valsa dos grilos
e canção da cigarra cinza.
Antes de ir observou
todo seu lar
- Uma dor no peito
um choro no coração.
Fechou os olhos.
Não pode evitar.
E assim foi só, o
furacão.
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