quarta-feira, 3 de outubro de 2012







METRÔ

E mais um olhar se perde
No cristal do vagão lotado
Mais uma mente em guerra
- Presente, futuro, passado...

Na realidade paralela
Dos pescoços virados para o lado
Paira duvida no ar que não circula
É o divã do metrô lotado!

Há sempre aqueles,
Que traz consigo uma literatura.
Na esperança sábia,
De fazer prisão ao pensamento.

Mas filósofos,
São os que se perdem na paisagem
Que permanecem ali, imóveis,
Indiferentes à realidade.

Dali surge:
Versos, rascunho de cartas,
Futuras despedidas,
Expectativas de chegada...

E o metrô segue seu rumo
No mesmo trilho que sempre lhe guia.  
Transportando mentes inquietas
Na agoniante rotina dos dias.

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