sábado, 6 de setembro de 2014


A INCOMPREENSÃO DA SAUDADE

Sabe sonho demais com a saudade.
E, a saudade é sentimento incompreendido.
Que nos mata ao amanhecer, devora-nos...
Sonho demais com seu sorriso preciso.
Preciso!
Preciso desta rima imprecisa
Onde meus gestos lhe chamam
No silêncio que me és o seu canto.
Cante para mim o teu mantra.
Derrama-me!
Derrama-me em tua cama,
Sem pensar em teus dramas.
Chama-me de poeta tímido...
E desvenda meus olhos calados.
Desvende-me!
Desvenda-me antes que eu me devore,
Antes que o sol se apavore de vez.
E deixe de esperar pela lua.
Antes que eu me venda em leilões.
Venda-me!
Venda-me ou, me venda.
Nas vielas de Veneza, de alguma Tereza,
Que chora o amor tardio nas janelas...
Deixe-me!
Deixe-me nas páginas rasgadas,
Entre o meio do livro e a palavra grifada.
Serei os versos na porta do banheiro,
Escritos com o batom da tua fala.
Seremos!

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