DIGA-ME QUE PENSA
Ah, minha humilde
poetiza.
Que em suas
cortinas escreve versos
E, em seu medo
descreve o retrocesso,
Que há em minha
poesia desenganada.
Diz-me na leveza
de tuas falas
Que ainda saboreia
o gosto do meu rosto
E que desmorona em
seu sofá desprotegido,
À angústia dos
meus versos em segredo.
Conte-me em choro
ao pé do ouvido,
Que decora meus
poemas escondida
Entre o armário
das tuas coisas com sentido,
Ei de cravar minha
voz em teu descanso.
Ei de morrer nos
descasos dos seus braços
Alimentar à fúria
dos seus medos.
E quando a lua,
permanentemente nua ficar,
Ei de vesti-la com
a seda dos meus desejos.
II
Há no mundo quem
escreva versos para mim?
Quem na solidão de
tua penumbra,
Ache graça no
desajeitado rosto de silêncio,
Que veste roupas
com a humildade do tempo?
Meus devaneios
tatuam teu nome,
Em letras
cursivas, com caprichos.
É quase uma utopia
esperar-te na praça,
Onde nasceu seu
encanto, partiu-se meu riso.
Use a quentura que
aclamo em tua chama,
Para queimar-te os
meus sorrisos em mente.
Assim, morro
lentamente em tua porta.
Para que renasça
em rios sem correntes.
Grite meu nome ao
relento da escuridão,
Diga que sabe
todos meus versos.
Assim, no
desprovimento do mundo,
Eu possa surgir
entrelinhas em seu coração.
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