quinta-feira, 11 de setembro de 2014


O ESPETÁCULO

Dancei com minha própria sombra
Acabei-me na minha amiúde insônia
Fiz fantasias com meus próprios trapos
Sejam bem vindos ao meu espetáculo!

Ergui a taça, fiz brinde ao desespero.
Gritei tão alto que rachei o espelho
Fiz vinte versos de fúria em excesso
Pus fogo em todos, fagulhas de tédio.

Marquei meu corpo, suor das palavras.
Fiz dos lençóis lonas de circo
Abri a janela do meu picadeiro;
Aplaudam de pé o palhaço ferido.

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