O ESPETÁCULO
Dancei com minha
própria sombra
Acabei-me na minha
amiúde insônia
Fiz fantasias com
meus próprios trapos
Sejam bem vindos
ao meu espetáculo!
Ergui a taça, fiz
brinde ao desespero.
Gritei tão alto
que rachei o espelho
Fiz vinte versos
de fúria em excesso
Pus fogo em todos,
fagulhas de tédio.
Marquei meu corpo,
suor das palavras.
Fiz dos lençóis
lonas de circo
Abri a janela do
meu picadeiro;
Aplaudam de pé o
palhaço ferido.
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